“Piratas do Caribe 4 rouba a cena da Disney no Brasil”

E Piratas no Caribe 4, com menos de uma semana desde que entrou em cartaz em nossos cinemas, já vai se consagrando no Brasil e no mundo. No final de semana de sua estreia, ele já se tornou o filme com maior faturamento de toda a história da Disney aqui no país. Ao mesmo tempo, já se tornou a 5º maior bilheteria da história dos cinemas brasileiros. E a maior estreia mundial de 2011.

Bons números para apenas um fim de semana. Tudo isso comprova o carisma da marca e do personagem de Johnny Depp, e prova que a Disney acertou ao iniciar uma nova triologia da série. Será mesmo? Em casa, o filme faturou U$90,10 milhões, e apesar de ter sido a melhor estreia do ano, foi o filme da série que atraiu menos americanos ao cinema em sua abertura. Se convertêssemos os valores da arrecadação da estreia do 1º filme para os valores atuais, ele teria faturado U$96 milhões.

Já no Brasil, o filme atraiu mais de 1 milhão de pessoas para os cinemas em seu primeiro final de semana,  e ajudou a arrecadar os U$256 milhões que o filme lucrou no período fora dos Estados Unidos. Ou seja, só com este lucro, o filme já cobriu seu grandioso orçamento de U$250 milhões.

No fim das contas, mesmo que tenha obtido a pior estreia norte-americana da série, o filme já se tornou um sucesso, garantindo que o Capitão Jack Sparrow ainda viverá muitas aventuras no cinema. Como Depp brincou uma vez, se a Disney quisesse chegar até o Piratas do Caribe 99, ele continuaria a encarnar o personagem. Que é uma parceria lucrativa, isso já está comprovado. Mickey e Branca de Neve que se cuidem, pois a Disney conta agora com um novo astro no Brasil.

Piratas do Caribe 4 – Navegando em Águas Misteriosas

(Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, 2011)

Johnny Depp está de volta como o famigerado e hilário Capitão Jack Sparrow no mais novo filme da franquia da Disney, Piratas do Caribe, agora para dar início a uma nova triologia. O arco de história com a filha do governador, Elizabeth Swann, e seu amado Will Turner terminou definitivamente no terceiro filme da série, então não espere ver o Orlando Bloom ou a Keira Knightley aparecendo por aqui (o que já conta pontos positivos para mim no caso da Keira, que apesar de bonita é uma péssima atriz).

Para suprir a falta do jovem casal, foi introduzido um novo par romântico na história: o missionário Philip e a sereia Syrena. Achei o romance dos dois justamente o elemento mais desnecessário da história, já que ambos são personagens tão secundários que não mereciam o pouco destaque que sua historinha acabou recebendo. Muito mais interessante estavam os outros personagens, tanto as caras conhecidas dos filmes anteriores, como os novos personagens principais: um antigo caso de amor de Jack, Angellica, vivida por Penélope Cruz, e o mais temível pirata de todos os tempos, Barba Negra, interpretado por Ian McShane.

Desta vez, Jack Sparrow está envolvido na busca pela lendária Fonte da Juventude. Além dos novos personagens da trama, ele conta também com a companhia de alguns velhos conhecidos, como seu imediato Gibbs e seu eterno “rival”, Capitão Barbossa, interpretado mais uma vez por Geoffrey Rush. E em meio à caçada pirata pela fonte, estão também os homens dos reis da Inglaterra e da Espanha. O filme retoma em muito o ritmo do primeiro filme da série, com menos comédia e mais cenas de suspense e ação – não que ele tenha perdido o humor característico da série, ou que tenha se entregue à ação exagerada e megalomaníaca do 3º filme. Ele busca mais pelo equilíbrio e uma volta às raízes.

Eu sou suspeito pra falar de Piratas do Caribe já que amo a série. O primeiro filme foi uma grande surpresa pra mim, e um dos filmes mais divertidos que já assisti no cinema. O segundo conta com duas das minhas sequências favoritas da série: a fuga do Jack dos canibais e a luta na roda do moinho. Já o terceiro… confesso que não me agradou tanto, achei muito cansativo, servindo mais para fechar a história inicial.

O 4º voltou a acender minha paixão pela franquia, e já conta com mais uma das minhas sequências favoritas, no caso, uma nova fuga do Jack, que mostra toda a inteligência que o personagem possui, e muitas vezes não percebemos por causa das suas excentricidades. O filme conta inclusive com várias escapadas do Jack, e me diverti com todas elas. Penélope Cruz é uma atriz mil vezes melhor que a Keira, o que já conta como outro grande ponto positivo do filme, contudo, como personagem, a Angellica poderia ter sido um pouco melhor trabalhada. Faltou um pouco de química entre ela e Jack Sparrow, talvez.

Quanto ao 3D, vale a pena conferir. Afinal, o filme foi filmado em 3D, da maneira apropriada como deve ser feito, com o uso das câmeras duplas e já se pensando na iluminação pra , não ficar escuro com os óculos como costuma ocorrer com os 3Ds de pós-produção. Com a ausência do personagem Davy Jones, vivido anteriormente por Bill Nighy, o destaque dos efeitos especiais desta vez ficam com as sereias, mais aterrorizantes do que em qualquer história de pescador. E no final, após todos os créditos, como de costume, há uma microcena. De todos os filmes, apenas o terceiro realmente teve uma cena final mais significativa, sendo a do quarto mais ao estilo dos dois primeiros filmes. Só que ela já deixa uma abertura para o próximo filme da série. E que venha Piratas do Caribe 5!

Trailer

Nível de diversão: 9

Recomendado para:

  • Os fãs da série
  • Quem nunca viu nenhum Piratas do Caribe, mas gosta de filmes de aventura